Uma das primeiras áreas a serem trabalhadas em minha vida foi a do namoro. Na escola, o namoro havia sido sempre um tipo de jogo e diversão para mim. Eu achava que tudo aquilo era normal, apenas namoros casuais, até que, quando tivesse idade suficiente para considerar o casamento seriamente, encontrasse o homem certo e ficasse apaixonada por ele. Deus mostrou-me quão errado era esse padrão mental. Vi que estivera envolvida nessa estória de namoro somente por razões egoístas, sem levar em conta, de forma alguma, meu futuro marido ou as futuras esposas de meus namorados. Paquerando e “ficando” com meninos, e assim chamando a atenção deles para mim, estava roubando para mim as afeições que pertenciam ás suas futuras esposas. Ao oferecer minhas emoções a um menino depois do outro, estava expondo algo que deveria ser preservado para meu marido. Eu havia feito um compromisso de abstinência mas não entendia a verdadeira pureza. Comecei a ver que a pureza verdadeira está enraizada no coração; significa que cada pensamento, atitude ou emoção que eu permitisse deveria honrar meu futuro marido e agradar a Deus. Desde então decidi abandonar todos os relacionamentos de namoro e confiar que Deus, em seu tempo perfeito, traria meu marido para mim. Enquanto isso, assumi um compromisso com meu futuro marido que eu procuraria fazer a ele “o bem então o mal todos os dias de minha vida”, conforme a mulher de Provérbios 31 havia feito. É claro que não assumi esse compromisso sem hesitar. Muitas dúvidas povoaram minha mente. E se Deus não o trouxer mesmo para mim? Ou pior ainda: E se Deus trouxer alguém que não me atraia nem um pouco? A única resposta para ir contra esses pressentimentos agourentos foi uma paz interior na alma e uma voz que disse: Confie em Mim. Pedi que Deus me ajudasse a livrar minha mente dos relacionamentos com o sexo oposto e “descansar” n'Ele e ainda, para ficar tão envolvida em meu relacionamento com Ele de forma que nunca sentisse falta dos namoros dos quais havia desistido. Ele fez exatamente isso. Durante os meses seguintes muitos moços de Deus apareceram em minha vida. Pela primeira vez, fui capaz de ter amizades puras com meninos, protegidas dos motivos anteriores. Eu estava livre da preocupação de eles gostarem ou não de mim; eram simplesmente irmãos mais velhos para mim. Minha amizade com Eric continuou a aprofundar-se. Ele era sempre um tremendo encorajamento para mim no meu caminhar com o Senhor. Parecia que Deus estava dando-nos um aconchego espiritual especial e nós conseguíamos compor músicas e ministrarmos juntos. A maior parte do tempo em que ficávamos um com o outro era também na companhia das duas famílias, quando nos reuníamos para a comunhão. Nesse envolvimento de liberdade cristã, até mesmo nossas famílias podiam ver nossa amizade crescer baseada num alicerce de pureza. Nesse tempo ambos havíamos desenvolvido convicções fortes sobre o relacionamento com o sexo oposto e tomávamos muito cuidado para que mesmo nossos amigos ou amigas fossem da maior pureza. Parece que tínhamos um acordo mudo de que, indiferente do quanto nos divertíssemos na companhia um do outro, não cruzaríamos o limite o qual nossas emoções poderiam extravasar de alguma forma, destruir nossa amizade e desonrar nossos futuros companheiros. Posso dizer honestamente que embora adorasse estar com o Eric e curtisse muito a comunhão que tínhamos, jamais pensei que nosso relacionamento poderia ir além da amizade. Ele era cinco anos mais velho do que eu e considerado por mim como um irmão mais velho.
Livro Sua Perfeita Fidelidade a história da nossa corte
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